Ao perceber que os estudantes da educação infantil não conheciam obras clássicas da literatura, como O Patinho Feio, mal sabiam abrir os livros, duas professoras da Escola Municipal de Ensino Fundamental Leocádia Felizardo Prestes, em Porto Alegre, entenderam que era necessário mudar essa situação. Para elas, a mediação de leitura deve ter início em família, pois o gosto de ler deve ser estimulado desde cedo e permanentemente reforçado ao longo dos anos. Portanto, estava claro que a primeira coisa a fazer era estimular essa prática entre os pais.
Cláudia Sepé, responsável pela biblioteca escolar no período diurno, e Sandra Holleben, professora de duas turmas de educação infantil, criaram então o projeto Pacto pela Leitura – Formação de Pais Leitores, iniciado em agosto de 2014. Após encontro inicial, no qual foi explicado que os pais deveriam pegar livros na biblioteca e ler para os filhos, em casa, de forma contínua, as reuniões passaram a ser realizadas quinzenalmente.
Nos encontros, as duas professoras abordavam temas como técnicas de leitura, estudo de vocabulário e análise das ilustrações. Também falavam sobre os elementos não verbais — expressão facial, entonação e modulações de voz — que fazem parte do ato de ler. Também eram discutidos outros aspectos — se os pais tiveram alguma dificuldade, se os filhos gostaram ou não.