Enem é adiado por 30 a 60 dias

O Enem, Exame Nacional do Ensino Médio, de 2020 será adiado por 30 a 60 dias, segundo anunciou o Inep, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Por enquanto, segundo o instituto, está mantido o prazo de inscrições para a prova, que termina nesta sexta-feira, dia 22.

Até então, o governo federal era contrário à mudança da data. Mas, após o Senado aprovar projeto de lei para adiar o exame, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou nesta quarta, em sua rede social, que concordaria com o adiamento.

Também foi anunciada uma enquete sobre o assunto, voltada aos mais de 4 milhões de candidatos que já se inscreveram no Enem, e que deve ser aberta em junho, segundo o Inep. A participação será feita por meio da página do participante do exame.

Organizações como o Consed, Conselho Nacional dos Secretários de Educação, e a Une, União Nacional dos Estudantes, já tinham defendido o adiamento do Enem. Na Câmara, o projeto de lei está previsto para votação nesta quarta-feira.

Nesta terça, o Senado aprovou a matéria por 75 votos a 1. O texto determina o adiamento automático de todas as provas e exames de acesso ao ensino superior quando houver um estado de calamidade pública ou quando for interrompido o ensino médio no país, como ocorre agora, durante a pandemia do novo coronavírus.

O objetivo do projeto de lei é que essas provas só ocorram após o fim do atual ano letivo, para não prejudicar os candidatos que ainda cursam o ensino médio, como destacou o relator do projeto, o senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal.

O senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, afirmou que, no estado, 80% dos estudantes do interior não têm acesso à internet. Já o senador Veneziano Vital do Rêgo, do PSB Paraibano, lembrou que parte dos jovens das regiões Norte e Nordeste não podem acompanhar as aulas online.

O único parlamentar que votou contra o projeto foi o senador do Republicanos do Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro. O projeto de lei aprovado no Senado ainda precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados antes de ir para a sanção presidencial.

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