Em um período como este, no segundo semestre de 2007, a jornalista e pedagoga Laís Regina de Oliveira Alves, 26 anos, conseguiu a bolsa integral do Programa Universidade para Todos (ProUni) para cursar jornalismo. Ela fizera o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano anterior e tentara a bolsa no primeiro semestre, mas por erros no preenchimento da inscrição conseguiu apenas a bolsa parcial, insuficiente para ela. Sem deixar de estudar, tentou o segundo processo seletivo e conseguiu o que queria.
“Era tudo 100%: matrícula, mensalidade; até carteirinha de estudante era de graça”, afirma Laís, que hoje é professora. “Se não fosse o programa, não sei como teria conseguido; foi uma oportunidade que mudou minha vida.”
Para ajudar a modificar a trajetória de quem sempre estudou em escola pública ou como bolsista integral na rede particular, além de pessoas com deficiência, começaram na manhã desta terça-feira, 7, as inscrições para o segundo processo seletivo de 2016 do ProUni. Este ano, são 125.442 bolsas, cerca de 9 mil a mais do que no mesmo período de 2015. O prazo se estenderá até as 23h59 de sexta-feira, 10.
Desse total de bolsas, 68.350 são parciais, quando o governo federal participa com 50% da mensalidade, e 57.092, integrais, como a que Laís conseguiu há nove anos. Um incentivo que, para ela, significou a realização de sonhos que vão além do diploma. Seguir para a capital, estudar o que sonhava e abrir portas para outra graduação, desta vez numa universidade pública, por exemplo. “Apesar de hoje eu não atuar mais como jornalista, tudo que eu conquistei foi através do meu curso”, diz. “Foi um crescimento profissional, humano e pessoal muito importante.”