O Ministério da Educação elabora suas políticas voltadas para a educação das relações étnico-raciais por compreender de que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a grupos distintos, que têm cultura e história próprias, igualmente valiosas e que, em conjunto, constroem, na nação brasileira, sua história. Fazem parte deste olhar atitudes e conceitos que reconhecem e valorizam a história e a cultura das raízes africanas na nação brasileira, assim como as indígenas, ciganas, europeias e asiáticas.
À frente da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Ivana de Siqueira defende a educação como uma forma de transformar realidades. Com essa dinâmica, todos os níveis da educação ganham reforço de textos, músicas e todo material didático referente à temática de ampliação inclusiva. “O tema deve ser tratado em todas as etapas e em todas as modalidades de ensino. Quando se pensa no desenho de uma política pública voltada à educação, é preciso pensar nas relações étnico-raciais que perpassam todos os currículos, programas e ações que o MEC desenvolve”, afirma a secretária.
Com o mesmo foco, o Dia da Consciência Negra, celebrado anualmente em 20 de novembro, propõe uma reflexão sobre a superação das diferenças e a igualdade de oportunidades para todos. A história mostra que, no caso dos negros, a ausência de oportunidades para acesso à educação e conhecimentos causou prejuízos irreparáveis. “A importância de pararmos uma semana para pensarmos na conscientização da questão do negro no nosso país é pensar como essa nação foi construída”, destaca Ivana. “Temos um país multiétnico, construído com uma miscigenação grande. A cultura africana, a cultura cigana, a cultura indígena são parte da construção da cultura da nação brasileira.” De acordo com a secretária, é importante pensar nisso e entender que essas pessoas fazem parte da nossa cultura.”