Programas garantem acesso ao ensino superior em universidades privadas.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que o MEC abrirá em setembro 140 mil vagas remanescentes de programas de acesso ao ensino superior. Serão 90 mil vagas no Programa Universidade para Todos (Prouni) e 50 mil no Financiamento Estudantil (Fies).
A afirmação foi dada nesta sexta-feira (28) em uma live promovida pela Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes).
O Prouni oferece bolsas de estudo parciais (que cobrem 50% da mensalidade) e integrais para cursos de graduação e de formação continuada em universidades particulares.
Já o Fies é um programa de financiamento para estudantes cursarem o ensino superior em universidades privadas e, atualmente, possui duas categorias: a primeira, oferece vagas com juros zero para os estudantes com renda mensal familiar de até três salários mínimos. Já a segunda, chamada P-Fies, é direcionada para os estudantes com renda mensal familiar de até cinco salários mínimos.
“O Fies, nós vamos abrir algumas vagas remanescentes agora em setembro, em torno de 50 mil vagas. E o Prouni, também, 90 mil vagas. Essa é a notícia em primeira mão que trago para vocês. Estamos trabalhando para isso”, afirmou Milton Ribeiro, sem apresentar mais detalhes.
No segundo semestre de 2020, o Prouni abriu 167.780 bolsas em 1.061 instituições particulares de ensino superior, sendo 60.551 bolsas integrais e 107.229 bolsas parciais. O Fies ofertou 30 mil vagas para financiamentos.
Entidades do ensino superior privado têm afirmado que a pandemia poderá impactar no aumento da evasão escolar, devido à falta de emprego e diminuição de renda dos alunos matriculados ou das suas famílias.
Além disso, a proposta de reforma tributária em tramitação no Congresso prevê uma elevação do percentual de tributos do setor, o que será repassado para as mensalidades, tornando ainda mais cara uma graduação privada.
Outro fator que ameaça o setor é o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Previsto para novembro, as provas serão realizadas em janeiro e fevereiro de 2021, com resultados divulgados em março. A alteração no cronograma poderá atrasar o ingresso de 3,5 milhões de universitários no ensino superior privado, de acordo com um levantamento da própria Abmes.
A estimativa se refere ao número de estudantes que se inscrevem no Enem de olho na nota de desempenho. Além de permitir a disputa de vagas em universidades públicas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Enem é usado nas instituições particulares como forma de vestibular, para concessão de bolsas de estudo, ou descontos progressivos nas mensalidades.
Fonte: G1 Educação